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Mostrando postagens de agosto, 2018

Pedras - De Juliano De Ros - 2018

Pedras (2018) De: Juliano De Ros Para Lucí Barbijam São como seixos Esses meus versos Pedras no caminho Que recolho e guardo Vez por outra, paro Aprecio o colorido e a forma Se alguns brilham Outros são céticos Pedras Pedras, é o o que são Ao raciocínio metódico Pedras, é o que são Sim Sim, o raciocínio está certo Apenas pedras, eles são Na minha infância, Meu pai Montara uma estante de madeira No porão da nossa casa Enorme Onde acomodei as pedras Que juntei nos caminhos E as que me foram dadas com amor Acho que ele, sem falar Também amava minhas pedras... Tinha uma Que parecia chocolate lambido Revelei-a para minha prima Já em minha mão Ofereci... Que reação! Uma pedra entre os lábios Gatuno, peralta, rufião! Minhas pedras tem alma... Tinha outra Que encontrei no chão Da casa da minha tia Polida, redonda, rosácea Recolhi Bom moço, não! Para o meu acervo Mais um

De Anita em Anita (De Luísa Vitória Pontalti De Ros - 2018)

De Anita em Anita Luísa Vitória Pontalti De Ros - 2018               “Prepara, que agora é hora do Show das Poderosas...” Esse fragmento de uma música popular não precisa ser continuado, pois todos os brasileiros já conhecem a letra. Além de ser cativante, a canção, indiretamente, traz à tona a questão de uma minoria excluída na sociedade, exaltando que “agora é a hora” dos que não têm voz serem ouvidos. Nesse âmbito, pode-se perceber que a cultura brasileira tem como funções principais questionar uma estrutura tradicional exclusivista e cativar as pessoas, de modo que cada vez mais indivíduos integrem a sociedade de maneira uniforme.           Em 1917, Anita Malfatti realizou uma exposição de quadros seus, os quais contrariavam a estética realista vigente na época, caracterizando-a como uma arte vanguardista. Entre as obras estavam “O homem amarelo”, “A boba”, “A estudante russa”, carregadas de sentimento, expressão e de figuras um pouco disform